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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Atividade física auxilia na manutenção da qualidade de vida no climatério.


A menopausa é a última menstruação que a mulher apresenta havendo passado 1 ano. Climatério é a fase de transição entre as menstruações e o término das mesmas.
A idade em que ocorre a menopausa varia de mulher para mulher, em torno de 48 a 52 anos. É o período em que ocorre uma série de transformações fisiológicas, orgânicas e anatômicas. Primordialmente é a cessação do funcionamento do ovário, e o término da capacidade procriativa da mulher. Nos animais e nos primórdios da espécie humana correspondia igualmente ao final da idade biológica e coincide com a morte.
Nos humanos, graças à inteligência da nossa espécie e à evolução consegue-se viver de 1/3 a 1/2 da vida após esse período. Uma série de ocorrências acontecem devido à ausência dos hormônios produzidos pelo ovário. De fato, além de perder a capacidade de reproduzir-se a mulher defronta-se com sintomas e consequências decorrentes da ausência de produção de hormônios pelos ovários.
Um dos primeiros desconfortos que decorrem da falência ovariana são as famigeradas ondas de calor, ou fogachos, acompanhados de suores profusos. É uma sensação anômala e desagradável de calor súbito e violento atingindo o segmento craneal-facial de duração rápida, mais frequente à noite e de frequência e intensidade variáveis. O suor é eventualmente catastrófico, a desmanchar penteados e molhar vestimentas.
Além dos fogachos, há nesta fase, outros contratempos. Há maior tendência a distúrbios emocionais, por exemplo, irritabilidade exagerada, depressão, melancolia e tristeza. Frequentemente, sensação de inutilidade, com maridos e parceiros dispersos e desinteressados atingidos que estão pela rotina de anos de convivência. Filhos distantes, ausência de expectativas.
A falta dos hormônios femininos e masculinos que os ovários produzem acarreta desinteresse na sexualidade e com o passar do tempo secura vaginal tornando o ato sexual desagradável. Muitas vezes, a carência de hormônios favorece perda involuntária de urina.
A par desses sintomas subjetivos, acontecem alguns malefícios orgânicos importantes. Dos mais importantes é a perda de estrutura óssea, o que acarreta no futuro as temíveis e decorrentes fraturas ósseas, sobretudo, do fêmur e da coluna.??Ao que parece, também a falta dos hormônios femininos após a menopausa facilita a ocorrência de enfartes do miocárdio e de derrames cerebrais.
Os fatos mencionados animam os médicos a fazer, em algumas circunstâncias, reposição hormonal com medicamentos que, ao menos parcialmente, imitam a ação dos hormônios naturais metabolizados pelos ovários. Há formas, naturais e semissintéticas, assim como orais, adesivos transcutâneos (na pele), pomadas e implantes subcutâneos. A forma ideal varia de acordo com características sintomatológicas, orgânicas e funcionais de cada mulher e deve ser avaliada pelo especialista.
Evidentemente, que há casos em que a mulher não se adapta à terapêutica de reposição hormonal. Em tais casos, para quase todos os problemas que acompanham a mulher nessa fase há outras opções não hormonais, as quais o ginecologista tem pleno conhecimento.
foto: busquequalidadedevida.com.br
Além da terapêutica medicamentais no climatério, algumas importantes recomendações devem ser obedecidas. Por exemplo, uma atividade física de qualquer espécie de maneira rotineira ajuda a manter o peso, a estética e exacerba o ânimo e a disposição.
Atividades intelectuais melhoram a performance racional, cognitiva e impedem os desagradáveis esquecimentos. A permanência em atividades profissionais ou a iniciação de novos ramos de atividade ou de conhecimento estimulam o prazer de viver e massageia o ego, aumentando a autoestima.
Existem evidencias suficientes para atribuir à prática da atividade física, os seguintes efeitos em mulheres no climatério:
  • Melhorar a aptidão motora física,
  • Garantir segurança nas Atividades de Vida Diária (AVD),
  • Implementar a autonomia e independência,
  • Promover a saúde através da redução do risco de desenvolvimento das doenças,
  • Retardar a progressão e complicação das doenças crônicas,
  • Promover benefícios nos componentes psicológicos e afetivos,
  • Criar, em consenso com os praticantes, o cenário adequado para a integração social.
É preciso incentivar a atividade física no climatério, pois exercícios regulares reduzem os riscos de doenças cardiovasculares e osteoporose, além de causarem mudanças benéficas tanto do ponto de vista estético, quanto no humor.
Fonte: uroginecologia.facafisioterapia.net e afrid.faefi.ufu.br

segunda-feira, 30 de julho de 2012

CINESIOTERAPIA E PILATES

Cinesioterapia e Pilates usam o movimento do corpo para reabilitação

July 26th, 2012 by Revista Pilates

A Cinesioterapia definida etimologicamente como a arte de curar, utilizando todas as técnicas do movimento. Licht (1965) definiu exercício terapêutico como “movimento do corpo ou das partes corporais para alívio de sintomas ou melhorar a função”.
A Cinesioterapia ativa, realizada pela própria pessoa, é obrigatória em todos os programas fisioterápicos de reabilitação, em que os exercícios isométricos e o fortalecimento de grupos musculares são fundamentais. Assim, por exemplo, na osteoartrose do joelho é muito importante o fortalecimento dos músculos quadríceps, para combater a atrofia e evitar a instabilidade articular que podem levar a pessoa à quedas. Exercícios realizados ou controlados pela ação voluntária dos músculos motores do movimento, atuando em oposição a uma resistência intrínseca ou extrínseca.
Existem dois tipos de classificação quanto à carga: Exercício Ativo Livre, que é realizado pela ativação dos músculos motores daquele movimento do sem que haja auxílio ou resistência de qualquer força externa que não seja a gravidade e o Exercício Ativo Assistido que são realizados pela ação voluntária da musculatura motora daquele movimento com o auxílio de uma força externa, a fim de alcançar a ADM desejada.
O movimento ativo que aciona o sistema artromuscular é dependente da contração muscular. Existem diferentes tipos de contrações musculares, que são classificadas em função do estimulo de origem como: mobilidade reflexa, mobilidade voluntária e mobilidade automática.
Foto: oaltotaquari.com.br
O movimento como o componente motor de um comportamento, organização dos sistemas motores possui três níveis: periférico, medular e suprasegmentar. Mecanismos periféricos envolvidos no controle do músculo. Reflexos espinais e o controle do movimento. Tronco cerebral: as estruturas envolvidas no controle do movimento e do tônus.
Sistema vestibular e a regulação da postura. A participação dos núcleos da base no controle do movimento. A influência reguladora do cerebelo sobre a atividade muscular. Contribuição do córtex cerebral ao controle do movimento. Estudo funcional das áreas motoras corticais e dos tratos piramidais e extrapiramidais. Estratégias do controle postural e do equilíbrio corporal, integração de aspectos mecânicos e do controle motor na marcha humana. Regulação da postura e marcha. Princípios do controle do movimento nos exercícios terapêuticos. Efeitos fisiológicos sistêmicos do exercício.
Segundo Auguste Georgii (1847), ao utilizar o termo Cinesioterapia, propunha esta definição: “O tratamento das doenças através do movimento”; a Cinesioterapia ativa é assim a parte da fisioterapia que utiliza o movimento provocado pela atividade muscular do paciente com uma finalidade precisamente terapêutica. É o que há muito tempo se chamou de ginástica médica em oposição à ginástica geral, cujos propósitos são essencialmente higiênicos ou estéticos. Entretanto essa noção de movimento é muito restritiva, portanto se incluem inteiramente no quadro da Cinesioterapia Ativa solicitações musculares de estabilizações que não induzem nenhum deslocamento das alavancas ósseas.
Os atendimentos de Pilates, voltados para reabilitação podem ser comparados aos exercícios da Cinesioterapia Ativa quando praticados com o auxílio de acessórios dentre eles estão: bolas de diferentes dimensões, flex band, rolo, stability cushion (discos de propriocepção), bastão, fitness circle, entre outros para dar suporte aos pacientes que se encontram na prática do método.
Porém no início do processo de reabilitação se recomenda iniciar nos equipamentos de mecanoterapia, com o intuito de serem facilitadores para a execução dos movimentos, com a função de auxiliar a realização do movimento consciente ao estimular e desafiar a execução. Os atendimentos de reabilitação devem ser sempre orientados por fisioterapeutas, que tenham domínio na área de Cinesiologia, bem como das patologias que estão tratando.
Fonte:espacosaudeebemestar.blogspot,cinesioterapia,ativecorespilates,medicinapratica

terça-feira, 12 de junho de 2012

O USO DO SALTO ALTO

O USO DO SALTO ALTO

Apesar de não haver indícios sobre quem criou o salto alto, sabe-se que ele foi muito utilizado a partir do século 17 na corte do rei Luis XIV (1643-1715), da França, que abusava do luxo, das perucas e dos saltos. Dizem as más línguas (e os registros históricos) que Luis XIV não passava de 1,60 metros, por isso adorava sapatos que pudessem aumentar sua estatura.

Hoje, esse variado e essencial acessório do guarda roupas feminino, causa além de elogios, desconfortos nos pés, joelhos e coluna se usado excessivamente.

Quando estamos sobre o salto alto, ficamos na ponta dos pés, tirando o peso do corpo dos calcanhares e o projetando para a parte anterior do pé (antepé), encurtando assim os músculos posteriores da perna. Isso pode causar dores, tendinites, fascite plantar, fraqueza muscular, exporões de calcâneos, entre outros problemas crônicos.


O uso excessivo pode trazer disfunções para a postura, em especial, para coluna lombar que permanece em hiperextensão por causa da mudança do eixo de gravidade, que fica mais anteriorizado. Problemas na postura gerada pelo desequilíbrio alteram a marcha e favorece as quedas.

Lesões nos joelhos nos tornozelos e nos pés, também podem ocorrer devido a essa alteração no eixo da gravidade.

Mas não precisa entrar em pânico, meninas!

Algumas dicas podem salvar nossa coluna e o look nosso de cada dia:

- Prefira sapatos com plataforma, saltos mais largos e salto Anabela. Eles distribuem melhor a carga na planta dos pés;

- Os sapatos que prendem no tornozelo trazem mais estabilidade;

- A altura do salto não deve ser maior que 4 cm;

- Deixe os sapatos que apertam os dedos, de salto fino e os mais altos para ocasiões especiais.

- Praticar atividade física, fazer trabalho de compensação muscular e alongamentos, também é importante para quem fica muito tempo de salto.

Tenha sempre bom senso, tente evitar os abusos e use nossas dicas na hora de escolher o seu sapato para que seu corpo não sofra mais tarde.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

LAPTOPTITE: DOENÇA DO LAPTOP

                  Laptoptite”: Doença do laptop dá dores nos punhos, cotovelos e costas...

O uso prolongado dos notebooks tem aumentado os casos de dores e lesões em ligamentos e articulações.
O formato do aparelho dificulta uma boa postura durante a digitação e pode causar problemas nos ombros, cotovelos, punhos e na coluna, além de dor de cabeça.
Preocupado com a popularização dos PCs portáteis entre estudantes norte-americanos, o especialista em reabilitação Kevin Carneiro, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), cunhou o termo “laptoptite” em analogia a doenças como a tendinite para designar os problemas causados pelo aparelho.
“A diferença para os desktops é que, no notebook, o monitor e o teclado estão conectados, o que dificulta o posicionamento do corpo”, disse Carneiro à Folha.
No Brasil, a tendência é a mesma. Em 2010, as vendas de notebooks superaram pela primeira vez as de desktops foram vendidos mais de 7 milhões de computadores portáteis, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica.
A preferência pelos laptops é impulsionada pela queda nos preços e a facilidade no transporte. Os efeitos já são vistos nas clínicas.
“Recebo muitos pacientes com dores. A maioria dos problemas é de postura. A pessoa deita na cama e quer resolver tudo no laptop: não dá para ficar sem dor”, diz Paulo Randal Pires, presidente do Comitê de Mão da Sbot (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).
A professora universitária Patrícia Alfredo, 29, já sente o ônus da mudança. Trocou o desktop pelo notebook há seis meses e já convive com dor no pescoço, cotovelo e na cabeça e tensão nos ombros.
“Uso a mesma mesa do desktop e adquiri um suporte. Mas, por mais que eu tente posicionar o computador direito, meu braço nunca fica totalmente correto.” Mesmo assim, ela continua usando o notebook. “A tentação é grande, é muito fácil e carrego para todo lado.”


MENOS TEMPO
Um estudo publicado em fevereiro na revista “Ergonomics” por pesquisadores da Boston University Sargent College, nos EUA, mostrou que usar o notebook por mais de quatro horas por dia já traz riscos de dores e lesões.
“O ideal seria usar esse tipo de computador só para emergências e viagens”, diz Raquel Casarotto, professora de fisioterapia da Faculdade de Medicina da USP.
A pesquisa também avaliou o impacto do uso de cadeiras adequadas, suporte e teclado sem fio na redução de dores de 88 universitários durante três meses. O grupo que usou os acessórios apresentou menos problemas.
Como o monitor do notebook é fixo, não dá para deixá-lo na altura ideal sem a ajuda dos acessórios. No improviso, o usuário força o pescoço para baixo, tensionando ombros e coluna.
Os punhos também ficam mais tensos, porque é mais difícil apoiá-los no laptop. A posição errada altera a circulação sanguínea e afeta a nutrição dos tecidos, o que pode causar inflamações.
O ideal é acoplar um teclado ao aparelho, para melhorar a posição das mãos, e usar um suporte para elevar a tela à altura dos olhos.
A altura das teclas deve permitir que os ombros fiquem relaxados por isso, o notebook não deve ser usado no colo, na cama ou em mesas altas, como as de jantar.
Quanto menor o aparelho, maiores são os riscos. Teclas pequenas obrigam o usuário a adotar uma postura restrita, comprimindo músculos e gerando tensão em todo o corpo.
“Um amigo se encantou com um notebook superpequeno, do Japão. Em três semanas de uso, desenvolveu uma inflamação dos tendões do cotovelo”, diz Casarotto.
Atenção também aos tablets, que devem ficar apoiados em mesas. Segurá-los causa dores nos punhos e nos dedos. Mesmo na mesa, o pescoço fica curvado para baixo, piorando a postura.
“Ler no tablet não traz riscos, também não é proibido digitar rapidamente. Mas usá-lo sempre para navegação trará problemas, porque o aparelho precisaria ser colocado na vertical, o que é inviável”, diz Casarotto.

Fonte:Folha OnLine

domingo, 20 de maio de 2012

TRABALHO X POSTURA CORPORAL

Está na moda falar em fatores de risco. Eles aumentam as chances de um ataque cardíaco, um acidente vascular cerebral e até um ataque de raiva — se o tal fator for uma folgada que rouba sua hora no cabeleireiro. Tirando esse último, o trabalho é, sim, fonte para os outros problemas. Você talvez nem tenha percebido, mas aquelas horas que passa na cadeira de rodinhas com a cara enfiada no computador podem minar seu bem-estar físico e mental. Claro que trabalho é prazer, fonte de realização — e de dinheiro também —, mas há características nele que simplesmente fazem mal. Periodicamente, a International Stress Managment Association (Isma-BR) realiza uma pesquisa para identificar quais são as profissões mais sujeitas ao stress no trabalho e suas consequências negativas. A última delas foi em 2009. Adivinhe quem ganhou. Padres e freiras! Isso mesmo. E você se pergunta: o que eu tenho a ver com isso, uma vez que não exerço essas profissões (do contrário não estaria lendo uma revista cheia de homens bonitos e dicas picantes)? Mas basta entender por que essa profissão é estressante para ver que a sua nem é tão diferente assim. "Padres e freiras vivem estressados porque não conseguem ter vida privada e sofrem cobranças por seu comportamento", diz a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR. "Além disso, são acionados a qualquer momento do dia ou da noite para atender alguém, e não podem recusar", completa ela. Soa familiar?

As pessoas que mais investem no trabalho são ainda mais vulneráveis, diz uma pesquisa da organização canadense Centro de Vício e Saúde Mental. Eles avaliaram 2 137 pessoas e 18% delas se identificaram como "altamente estressadas", exatamente as que colocavam o trabalho como prioridade e ocupavam cargo de responsabilidade. Como não dá para parar de trabalhar — e ninguém diz que você tem de fazer isso —, melhor saber como o trabalho afeta a saúde e como se proteger.

Costas e músculos

Tudo o que você faz repetitivamente sem pensar na postura afeta músculos e ligamentos. Pode ser a forma como senta até o movimento de dar um clique no mouse. "Os problemas mais comuns são as tendinites, miosites, lombalgias, dores nas costas e na cabeça", diz o ergonomista Marcos Domaneschi, da Associação Brasileira de Ergonomia (Abergo). De acordo com o Departamento de Segurança Ocupacional e Administração de Saúde (Osha) dos Estados Unidos, doenças causadas por movimentos repetitivos representam um prejuízo de 20 bilhões de dólares por ano, somando-se tratamento e afastamento do trabalho. O primeiro passo para evitar a má postura é prestar atenção nela, sentar com as costas inteiras escostadas na cadeira, um apoio de pé, os olhos centrados no meio da tela do computador. O segundo é realizar exercícios preventivos ao menos uma vez por dia. Essas duas medidas farão bem não apenas para seu corpo mas para a própria carreira. Um estudo da Univesidade Northwestern, nos EUA, mostrou que uma boa postura aumenta a sensação de poder, independentemente da posição hierárquica que ocupa na corporação.

Olhos
Apesar de a má iluminação não causar danos permanentes à visão, provoca desconforto. "Ao final do dia a pessoa sente cansaço, e podem ocorrer irritação e lacrimejamento", diz o oftalmologista Elcio Sato, da Universidade Federal de São Paulo. A iluminação ideal é a natural, mas, como ela varia durante o dia, é preciso lançar mão da artificial. "Deve-se evitar fontes de luz que atinjam os olhos diretamente", diz Sato. Ela deve ser regular e constante durante as horas de trabalho. Além da luz ruim, as mulheres sofrem mais com os olhos secos, normalmente causados por uma baixa umidade devido ao ar condicionado, o que pode ser agravado pelo uso da maquiagem. Ter um colírio que imita lágrima sempre à mão pode ajudar.

Pulmões
Sabia que não é apenas você quem fica mal, o prédio onde você trabalha também? É a chamada "síndrome dos edifícios doentes", uma referência à qualidade do ar interno. O principal culpado é o ar-condicionado. Se não for bem conservado, dentro dele acabam morando vírus, bactérias e até aracnídeos, como é o caso do ácaro, que se espalham pelo ambiente. Juntamente com essa contaminação biológica pode ocorrer também a contaminação química pelos gases emanados de produtos de limpeza, verniz, entre outros. Segundo a Organização Mundial da Saúde, os gastos anuais com esse tipo de problema chegam a 100 milhões de dólares nos Estados Unidos. Os principais problemas são resfriados e gripes constantes, alergia e asma. Para tentar poupar seus pulmõezinhos, o jeito é pressionar a administração para que faça uma manutenção adequada do ar e sair para respirar fora de quatro paredes sempre que for possível. Se o calor não for tanto, melhor abrir as janelas.

Silhueta
Ficar sentada o dia todo, ou boa parte dele, faz engordar. Grande novidade. Mas essa verdade foi estudada a fundo por um grupo de pesquisadores canadenses. CarlÉtienne Juneau, do Departamento de Medicina Social e Preventiva da Universidade de Montreal, e seus colegas analisaram os dados estatísticos do país, e concluíram que a falta de atividade física durante o horário de trabalho pode explicar o fato de a obesidade ter aumentado 10% entre 1978 e 2004 no país, mesmo que as pessoas estejam frequentando mais as academias. A solução é compensar o tempo extra sentada com mais academia ainda. E tomar muito cuidado com os petiscos dentro da sua gaveta. Se for para beliscar algo no meio da tarde, que seja uma fruta seca ou uma castanha, não um biscoito recheado.

Coração e cérebro
Há aquele ditado que diz que "quando a mente não pensa, o corpo padece". O pior é que, quando a mente pensa demais, o corpo também sofre. "O trabalho muitas vezes exige que a pessoa exceda seus limites, com jornadas longas, falta de recursos e também de reconhecimento", diz Ana Maria Rossi. "Isso aumenta em 63% a chance de ter um problema de saúde." Um dos principais órgãos afetados pelo stress é o coração. Sob stress, a pressão sanguínea sobe, a pessoa come mais e os níveis elevados dos hormônios adrenalina e cortisol aumentam a chance de ter um ataque cardíaco. Outro que padece juntamente com o coração é o cérebro. Ele é irrigado por 640 quilômetros de pequenos vasos que levam nutrientes e oxigênio. Flutuações bruscas e constantes na química do sangue — como a elevação dos níveis de hormônio — afetam diretamente esses vasos, podendo provocar desde uma dor de cabeça até um acidente vascular cerebral (AVC). Quem descobrir como acabar com o stress no trabalho vai ficar tão milionário quanto a empresa que criou aquela pilulazinha azul que faz você sabe o quê. Mas algumas atitudes pontuais podem ajudar a aliviar o stress, como programar-se para trabalhar em casa um dia da semana, treinar o poder de negociação e encontrar recompensas fora da empresa. "Isso vale, inclusive, para quem sofre com a falta de reconhecimento. Se não vem do trabalho, esse reconhecimento pode ser buscado no companheiro, em uma atividade qualquer na qual você seja boa, como pintar ou cantar", diz Ana Maria.

Seus peitos

Ficar sentadinha por horas faz mal não apenas para a silhueta. Uma pesquisa da Universidade da Carolina do Sul, nos EUA, mostrou que a inatividade aumenta em três vezes o risco de desenvolver câncer de mama. Desse ponto de vista, talvez as donas de casa, cheias de tarefas físicas, levem vantagem. A posição — sentada em frente ao computador — também não ajuda nada. Os músculos das costas acabam enfraquecidos e a coluna curvada, fazendo com que os seios pareçam caídos. Que tal uma boa espreguiçada para espichar-se quando não tiver ninguém olhando?

Profissões de risco
Uma pesquisa da Isma-BR identificou as profissões que sofrem maior stress. Tirando os padres e as freiras — que ganharam disparado —, saiba quem é mais afetado pela rotina

1º. Profissionais da segurança pública ou privada
Por quê: têm de defender bens físicos ou pessoas, colocando em risco a vida.

2º. Controladores de voo
Por quê: carregam a vida de muitas pessoas em suas mãos.

3º. Motoristas urbanos
Por quê: trabalho repetitivo, seguem a mesma rota diária. Estão sujeitos à pressão do tempo porque, mesmo com trânsito, não podem atrasar.

4º. Executivos, profissionais da área de saúde, de telemarketing e bancários
Por quê: em comum todos têm a pressão. O executivo, por metas; quem trabalha com a área de saúde lida com vidas; atendentes de telemarketing têm de cumprir metas e muitas vezes não são bem tratados; e os bancários lidam com o dinheiro alheio e o risco de assaltos.

5º. Pessoas que estão fora de sua área de formação

Por quê: um professor que vira diretor da escola e tem de lidar com questões administrativas; um publicitário que passa a gerenciar uma grande equipe e deixa de lado a parte criativa. Pessoas assim podem sentir-se inseguras, o que aumenta o stress.

6º. Jornalistas

Por quê: são pressionados pelo prazo, pelo risco constante de demissão, já que o mercado está inflado, e ainda assim precisam garantir a qualidade do trabalho. 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

OSTEOPATIA


OSTEOPATIA: Tratamento de hérnia discal sem cirurgia

O disco intervertebral é uma estrutura cartilaginosa, que tem como função amortecer o impacto entre as vértebras e aumentar a mobilidade da coluna. Localiza-se entre cada vértebra da coluna cervical, torácica e lombar. No interior da coluna vertebral existe um canal por onde passa a medula espinal. Quando este disco rompe as suas camadas protetoras e sai da sua posição normal, pode comprimir alguma estrutura nervosa. Trata-se da lesão denominada por hérnia discal.
Apesar dos discos intervertebrais serem desgastados pelo tempo e uso repetitivo, também são fortemente perturbados pelas posturas que são adotadas no nosso dia-a-dia, facilitando a formação de hérnias discais. Este problema é mais frequente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento,  por terem uma proteção menor, por suportarem mais carga (caso da lombar) e por estarem mais sujeitas às posições incorretas.
Os sintomas da hérnia discal dependem da sua localização. As hérnias lombares, mais frequentes, podem produzir dor só local (lombalgia) ou dor irradiada. Esta dor irradiada depende do nervo afetado, sendo muito comum a compressão de uma das raízes que formam o nervo ciático, produzindo a dor ciática (uma dor que se estende da nádega ao pé). Nas hérnias cervicais a dor também pode ser só no pescoço ou irradiada pelo membro, sendo denominada por cervicobraquialgia (uma dor que se estende do ombro à mão). A hérnia discal cervical pode causar também dor de cabeça, tonturas ou zumbidos. Em ambas pode haver parestesias (dormência), perda de força muscular e sensibilidade, e em casos mais graves até o descontrole das fezes, urina e perda da função sexual, que normalmente constitui um sinal de compressão medular.


Todas as normas de orientação clínicas para o tratamento destas condições, defendem que a cirurgia a uma hérnia discal só deve ser realizada em situações de clara compressão nervosa com diminuição da sensibilidade e força e/ou quando os tratamentos conservadores não resultaram. As mesmas orientações apontam para o recurso a técnicas de terapia manual e exercício como primeira opção de tratamento, após o uso de medicação na fase mais aguda. De entre as técnicas de terapia manual, o tratamento osteopático destaca-se pela sua enorme eficácia. Num estudo sobre a eficácia desta intervenção em 720 doentes, o autor (François Ricard) verificou que utentes com hérnia discal apresentavam bons resultados após tratamento de osteopatia em 90% dos casos, sendo desnecessária a realização de cirurgia. Este estudo refere que para o tratamento deste tipo de situações são necessárias  entre 2 a 7 sessões de tratamento.  

Os princípios subjacentes ao tratamento osteopático  consistem na promoção de um correto alinhamento dos corpos vertebrais e na normalização da sua mobilidade (geralmente designado por desbloqueio). Desta forma deixa de haver a necessidade de zonas de menor mobilidade serem compensadas por outras de maior mobilidade (criando lesões a longo prazo) e o disco deixa de sofrer forças em sentido incorreto. A vascularização (irrigação sanguínea) e enervação das zonas afetadas pode assim voltar ao normal. Outro objetivo consiste em  relaxar os músculos espasmados e libertar as tensões dos vários tecidos que contribuem para a manutenção da má posição de uma dada zona ou mesmo de toda a coluna. Depois deste tratamento é fundamental fazer técnicas de reeducação postural e o doente aprender qual a melhor forma de evitar  novos episódios (ensino de exercícios para realizar em casa, das posturas a adotar nas várias atividades e de como lidar com a dor em caso de necessidade).

Dada a eficácia desta intervenção, a sua relação custo/benefício é enorme, razão pela qual se aconselha vivamente este tipo de intervenção. A opção de aguentar as dores e os outros sintomas sem fazer nada ou tomando medicação para o alívio da dor,  apenas contribuirá para a manutenção do problema mecânico já existente, o que mais tarde se poderá refletir num possível agravamento do problema.

Quanto mais precoce for a intervenção e mais cedo o doente tiver a noção sobre o que fazer e como fazer, melhor será a sua eficácia.


Fisioterapeuta/ Osteopata Luis  Nascimento e Marco Clemente

SÍNDROME DO PIRIFORME

Síndrome do piriforme


com pacientes com queixas de dores lombares irradiadas para o membro inferior que chegam ao consultório com o diagnóstico de síndrome do piriforme. Tudo bem, todo mundo sabe (ou deveria saber) que por definição trata-se de uma síndrome neuromuscular que envolve a irritação ou em alguns casos a compressão do nervo ciático (L4, L5, S1,S2,S3) pelo músculo piriforme. Para muitos colegas trata-se de assunto banal, basicamente o arroz-com-feijão da clínica. Entretanto devemos aprofundarmos o nosso conhecimento, pois muitos pesquisadores consideram a Síndrome do Piriforme um diagnóstico controverso, sendo que esta questão gera polêmica desde sua descrição inicial em 1928(Yeoman W. The relation of arthritis of the sacroiliac joint to sciatica. Lancet. 1928;ii:1119-22.).
Alguns autores consideram que a Síndrome do Piriforme e a Neurite Ciática são a mesma entidade clínica. Creio que o motivo principal desta controvérsia é porque, em muitos casos, o diagnóstico é clínico, e sem exames complementares que ofereçam suporte aos achados da anmnese e do exame físico. Ambas as condições apresentam sinais e sintomas clínicos como dor unilateral na região glútea, podendo apresentar-se com "choques", queimação, "formigamento" e/ou parestesia geralmente irradiadas para a coxa e perna.
Como não há consenso sobre o tema, tomo a liberdade de expor alguns fatos e também a minha opinião a respeito do tema.





Ciática





A ciática, também denominada Neurite ciática, refere-se à compressão do nervo ciático. Esta compressão pode ocorrer em qualquer parte de seu trajeto. A causa mais comum de dor ciática é a compressão de uma ou mais raízes nervosas que formam o nervo ciático por hérnia de disco lombar (radiculopatia). Outros dois pontos comuns de compressão são: (1) pela sua passagem pelo Piriforme (devido a traumas, espasmo, contraturas ou hipertrofia do músculo piriforme), e (2) Na fossa poplíte, no ponto onde se divide em nervo tibial posterior e nervo fibular.

O exame neurológico é de extrema importância e pode proporcionar evidências objetivas de compressão radicular. Deve-se enfatizar que podem ocorrer compressões radiculares que causam dor, porém permitem uma acomodação do nervo de maneira que sua função ainda é normal, não apresentando, portanto, déficit neurológico evidente. Em casos de compressão da raiz de S1, gerando sofrimento do nervo e déficit neurológico, o paciente pode apresentar fraqueza do tríceps sural e pode ser incapaz de elevar repetidamente os dedos do pé do lado acometido. Atrofia da musculatura da panturrilha pode estar presente, bem como diminuição ou abolição do reflexo aquileu (relembrando: S1). A diminuição da sensibilidade, se presente, geralmente se localiza no aspecto posterior da panturrilha e na face lateral do pé .
O comprometimento de L5 leva a uma fraqueza da extensão do hálux e em menor freqüência a uma fraqueza dos eversores e dorsiflexores do pé. O déficit sensorial se apresenta na face anterior da perna e no aspecto dorsomedial do pé, em direção ao hálux. Não existem alterações de reflexos neste nível.

A compressão de L4 afeta o quadríceps. O paciente pode referir fraqueza na extensão do joelho, a qual freqüentemente se associa com instabilidade. A atrofia da musculatura da coxa pode ser evidente. Um déficit sensorial se apresenta sobre o aspecto anteromedial da coxa e o reflexo patelar pode estar abolido.


[Ciatica.jpg]




Síndrome do Piriforme


A Síndrome do Piriforme é, na minha opinião, um caso de dor referida causada por encurtamento muscular, pontos-gatilho miofasciais no músculo piriforme e/ou trauma, como por exemplo queda da própria altura sobre as nádegas. Os sintomas causados pela síndrome do piriforme podem ser muito semelhantes ou praticamente indistiguíveis da dor ciática verdadeira.






As dores geralmente inciam-se na região glútea e podem extender-se para baixo afetando o membro inferior até o pé. Em alguns casos, o músculo piriforme pode causar compressão ciática verdadeira, uma vez que em algumas pessoas o nervo Ciático tem seu trajeto por entre o ventre do piriforme. Assim, a contração do piriforme pode causar compressão suficiente para causar sintomas neurológicos verdadeiros. Esta é uma das principais causas de confusão quando tentamos distinguir a ciática verdadeira da síndrome do piriforme. Embora estas duas condições apresentem sintomas muito parecidos, o fator etiológico é diferente. Por isso o exame físico é tão importante. Para quem gosta de semiologia e raciocínio clínico, recomendo a leitura de um excelente Artigo médico sobre raciocínio clínico.


Na maioria dos casos, o uso de duas manobras simples podem ajudar bastante a entre estas duas condições (quando o problema é uma condição vesus a outra e não as duas ao mesmo tempo). Primeiro, o teste de elevação da perna retificada. Se a elevação da perna sintomática, nos primeiros graus de flexão de quadril causar dor, ou aumentar os sintomas, pode-se estar diante de uma radiculopatia verdadeira.



[Teste_Lasegue_1.jpg]



A segunda manobra é simplesmente o alongamento do piriforme



Solicito ao paciente que, deitado na maca, abrace o joelho da perna sintomática e traga-o em direção ao ombro contralateral (conforme a seta da figura acima), realizando Flexão+Adução+Rotação Interna. Esta manobra alonga o piriforme, e um aumento da dor é sugestivo de envolvimento muscular nos sintomas. A figura abaixo demonstar anatomicamente as relações entre o piriforme e o nervo ciático e os efeitos desta manobra.

É também importante a investigação de pontos-gatilho miofasciais em glúteo mínimo, médio e máximo e piriforme, pois também podem ser responsáveis pela sintomatologia nestes casos. Pra falar a verdade, deve-se lançar mão de todo arsenal semiológico que você dominar. Quando eu atendia este tipo de paciente, geralmente eu realizava uma avaliação articular utilizando os princípios do Maitland, uma avaliação utilizando os princípios da mobilização neural e terminava com uma busca por pontos-gatilho miofasciais que reproduzissem a dor do paciente. Naturalmente se você domina outras técnicas de avaliação, nada o impede de tratar o paciente com outros métodos: Osteopatia, RPG, Feldenkraiss, etc...
Como eu acabei de dizer, dependendo da gravidade dos sintomas e das características da dor, é possível lançar mão de uma série de abordagens manuais refinadas ou técnicas mais simples. No caso de Síndrome do Piriforme (e não radiculopatia).

O tratamento pode incluir:
1- Alongamento
2- Uso de Gelo ou Calor (Obs: embora recomendado, o piriforme é um músculo muito profundo, e creio que a crioterapia não seria capaz de exercer totalmente seus efeitos devido à localização anatômica do músculo)
3- Fisioterapia
4- Medicação
5- Injeção de anestésicos ou corticóides
6- Eletroterapia - TENS